quinta-feira, novembro 11, 2004

Apetecia-me algo... e não é para comer... apesar de já estar a sentir fomeca

Pois é...

Esta a apetecer-me escrever! E para não deixar de ser quem sou, não sei sobre o que me apetece escrever.

Por isso vou deixar os meus dedos livres para escreverem o que quizerem.

Esta a apecer-me algo. Pelo menos o titulo disto é esse. E não vou escrever mais porque já esta escrito no titulo.

Esta quase na hora do almoço. Sinto fome, mas sinto que me apetecia algo mais.

Apetecia-me ir para a praia, ver o mar, estar acompanhado por um bom livro. Beber um chã qualquer. E ficar ali a ler. Deixar a minha mente esvaziar e ficar condicionada com as palavras escritas no livro (e não sei que livro seria, mas talvês o "mundo do fim do mundo" de Luís Sepulveda). Apetecia-me ler um livro desses, em que se mistura o sentimento humano de simpatia e vontade de conhecer algo novo e belo. Um livro que mostra personagens humildes e simples, num contraste surrealista com o resto do mundo capitalista e consumista em que estamos inseridos.

Apetecia-me também ser seduzido. Ver alguêm a querer captar a minha atenção usando apenas o seu corpo como meio de comunicação. A maneira como coloca o sorriso. A maneira como olha. Alguém que me transmita vários sentimentos que lhe vão passando pela mente, usando os olhos, o cabelo, os lábios. Em suma, alguêm que inicia-se uma comunicação comigo sem usar palavras... E depois, então depois, talvês fecha-se o livro e me deixa-se perder numa conversa sobre fantasias e ideais, sobre projectos e medos, sobre tudo e mais alguma coisa. Falar pelo prazer e gosto de falar. Falar só por falar. Falar como quem beija. Beijar como quem sonha. Sonhar como se isso fosse o único alimento da nossa alma!!! ( e será que não é???)

Mas infelizmente não vou fazer isto.... Daqui a pouco vou almoçar, vou alimentar o estomago apenas, com algum alimento que me chame a atenção. E depois volto para o trabalho.
Felizmente resta-me o sonho. Poderei fechar os olhos, por um instante apenas, e sonhar que estou na praia, e que alguêm tenta comunicar comigo. Que um corpo (não interessa qual ou quem) comunica comigo.

Por isso, deixo-vos agora. Com a música de Adriana Calcanhotto "Ciranda Da Bailarina", vou fechar os olhos por um segundo e voar.