segunda-feira, agosto 29, 2005

Por essa estrada fora...

Percorremos trilhos e trilhos sem fim... Fazemos perguntas e perguntas sem fim... Umas com resposta, outras nem por isso.
No entanto ao longo do caminho aprendemos a manter um sorriso...Ou será que aprendemos a manter uma máscara?

Para quê caminhar na estrada com algo que aprendemos a ter? Será pela facilidade de o fazer? Será porque não estamos preparados para mostrar o que realmente somos? Será...

A estrada é longa. Dura. Interessante ou nem por isso. No entanto a estrada é sempre a estrada. Igual a si mesma. As coisas que vemos a medida que a percorremos, mudam apenas e unicamente apenas, pela maneira como o nosso coração as vê.

Tentamos percorrer a estrada com um sorriso que aprendemos a colocar e ela não tem piada.
Tentamos percorre-la com o nosso próprio sorriso e ela é dura e magoa.

Mas qual delas valerá mais a pena?
A que não tem piada ou a que magoa?
Ou haverá mais maneiras de percorrer a estrada?

Eu acredito que há!!! E até encontrar essa maneira, vou percorre-la com o meu sorriso, por mais que me doam os pés de tanto caminhar.
Pois uma coisa é certa... Só sabemos dar valor as coisas quando elas custam a ser conquistadas. E por isso o diamante vale mais que o vidro.
E por isso tu vales mais do que mil e uma rapariga que por ai anda.

É engraçado, mas comecei este tópico como resposta a um. Um tópico muito bem escrito por uma amiga minha.
No entanto não tive coragem de o deixar apenas lá…
Tinha também de o partilhar contigo…

sábado, agosto 27, 2005

Parvo...

Parvo...

Esta é a minha personagem favorita de Gil Vicente...

No tarot também aparece esta personagem, mas mais conhecida por louco...

Temos também o Rei Lear de Shakespeare. Em que o rei se faz passar pelo bobo da corte...

E por toda a literatura, esoterismo, contos populares, ditados, etc... O parvo é sempre uma figura muito importante, nada respeitada por todos! No entanto é que único que mantêm a sua personalidade imutável e pura.

Não sei porque, mas muitas vezes comparo-me imenso a esta personagem. Alias... acho mesmo que se fosse fazer alguma cena de tarot, sairía essa carta como carta predominante em mim. Até acho que se fosse fazer a peça Rei Lear esse seria o papel que seria escolhido para mim. Do auto da barca já nem falo porque a fiz e fiz de parvo...

Alias... eu acho que até nem faço de parvo... Eu acho que sou mesmo parvo!!!

Para mim a vida é sempre pura e bela. Penso que devimos andar sempre a obrigar o nosso coração a comandar a nossa vida.
Esquecer a razão. Viver com emoção.
Permitir que as energias do mundo nos enchesse com a sua força. E que os nossos sentidos se libertassem e se elevassem ao mais alto estado de espirito.
Sei que fazer isso é difícil. Teriamos de deixar a nossa mente desligar. E só assim seriamos capaz de sentir.

Mas realmente, isto é ser parvo.
É deixarmo-nos enganar.
É deixarmo-nos magoar.
É deixarmo-nos invadir pela solidão constante e omniopresente.

E claro... quando chega a parte de "É deixarmo-nos sonhar" já as magoas que ficaram de trás nos impedem de arriscar a dormir só para não voltarmos a sonhar.

No entanto adoro ser parvo. Adoro poder ver a vida pura e bela. Deixar o canto das sereias ouvir-se. Deixar o riso das crianças ensurdecer-nos. Deixar as orquideas florirem...

Agora uma coisa é certa, ser tomado por parvo doi imenso. Magoa mesmo. Faz o nosso coração sentir-se tão apertado dentro do peito que tudo o resto a volta se esvai num longo e profundo murmúrio.
A visão turva-se.
O nariz aperta.
O toque fica frio.
A audição recusa-se.
O sabor amarga.

Epá... que grande merda de post...
Devo mesmo estar parvo para escrever isto...

Whatever...

quinta-feira, agosto 25, 2005

"...E uma vontade de ir..."

Hoje desde que acordei que uma música não me sai da cabeça...

"Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder..."

Epá... não sei porquê mas sempre que ouço esta música, dá-me vontade de ir... de partir... de abrir as asas e deixar que a brisa do sul me conduza...

Estou outra vez a sentir vontade de ser viajante...
De partir, partir para não mais voltar.
Não sei se partir fisicamente ou só espiritualmente.
Mas necessito mudar. Crescer.
Aqui a uns tempos disse a mim mesmo que agora ia deitar por terra tudo o que é máscaras e defesas. Vou entregar-me a terra mais uma vez. E tenho estado a fazê-lo...

Agora...

Agora só o tempo o dirá... Só o tempo dirá se é esse o meu próximo percurso...

Por isso...

Até lá...

sexta-feira, agosto 19, 2005

Apeteceu...

Pois é...

Estava-me mesmo a apetecer escrever... Mas apetecia-me sobretudo voltar a ouvir o som da minha velha "OLIVA 2002".
Uma pequena máquina de escrever ainda com o teclado "AZERT". Tantos dias e tantas noites que esta máquina já me acompanhou... Tantas cartas e diarreias que lá escrevi.
Muitas vezes só para ouvir o bater das teclas, ver a folha de papel de tom amarelado, que ia sendo preenchido por pequenos pedaços de tinta que passavam da fita para lá pela força do ferro. E depois quando vinha aquele plimm a anunciar que já só tinha espaço para mais 5 caracteres... O puxar da manivela e ver a folha subir mais um paragrafo... O ambiente mágico que criava sempre... A luz das velas a volta, o cinzeiro quase cheio e o maço de tabaco quase vazio... O copo de um licor ao lado... E as letras apareciam marcadas na folha... As palavras iam-se formando. As frases iam-se complementando. E o meu desejo de escrever só por escrever ia sendo consumido.
Escrevia e escrevia horas e horas. E escrevia tal como escrevo aqui... Sem lógica nem motivo...
Ou teria todos os motivos do mundo para escrever??? Não sei! Apenas sei que adorava escrever assim...
Hoje apeteceu-me voltar a fazer isso.
Acabei de ver o "Shakespeare in Love" com 4 velas acesas. Depois fui buscar mais 5 velas que acendi. Coloquei a minha companheira no meio da sala e lentamente retirei o seu vestido protector. Expondo assim ao meu olho a sua nudez. Aquelas teclas brancas com letras a negro a identificarem cada uma delas, a manivela a espera de ser puxada. A fita a espera de ser martelada pelo ferro duro que contem a letra a cravar na folha de papel... Pois... e a folha? Onde esta a folha safada e cruel. Percorri a casa toda a procura dela. E nada. A folha tinha fugido. Não tinha nenhuma folha em casa que estivesse a meu lado e me acompanha-se naquela viagem entre o meu EU e o prazer que dai iria advir.
Então, mantendo a minha companheira a meu lado, deixando as velas a arder. Peguei neste portátil e decidi escrever aqui. Nesta folha virtual.
Então estou sentado no sofá, com o portátil a frente a tocar uns mp3 dos "The Doors", o monitor brilhante, as teclas suaves e silenciosas...
Sim, sinto falta do barulho da "OLIVA2002", sinto falta do seu cheiro. Ela esta aqui ao meu lado, mas não podemos consumar o amor que existe entre nós. Falta algo. Falta algo muito importante. Falta... Falta a preparação. Falta o desejo final de ter as coisas sempre prontas e faze-las andar. Falta a entrega total e descompreendida.
Assim, castrado de uma noite de prazer intenso, vou-me masturbando nestas teclas silenciosas e frias. E vou vendo as letras a aparecer quase como que por magia na folha branca que é este pedaço de monitor.

Sim, apetecia-me escrever... Mas sobre o que? Sobre nada mesmo. Como disse acabei de ver o filme "Shakespeare in Love" por isso acho que apenas posso falar de amor...

Mas que raio é o amor?

Algum sentimento forte e intenso que faz com que as pessoas sejam mágicas e maravilhosas?
Algum suspiro que vai transformar tudo a volta em beleza e alegria?
Algum desejo intenso e absorvente que faz com que tudo a volta deixe de existir?

Não... O amor é algo muito mais forte que isso. O amor preenche a nossa vida em tudo o que é importante. Conduz-nos e faz-nos fazer as maiores loucuras. Aquece-nos nas noites frias e dá-nos asas para voar-mos, usando o vento do sul para nos guiar por vales e rios, montanhas e oceanos.
O amor... O amor não é só chama que arde sem se ver... O amor é muito mais que isso... O amor é algo que esta dentro e fora de cada um de nós. É algo que nos faz respirar com mais intensidade. É algo que nos faz apreciar os cheiros que nos rodeiam com muita mais delicadeza e subtileza.
O amor...

Mas eu só posso sonhar com ele. Apenas posso olhar de fora, tal qual um espectador, a ver um filme na televisão sobre esse tema.

Isto porque o amor precisa de ser alimentado. O amor precisa que as pessoas se deixem levar por ele. Que as pessoas deitem mascaras por terra e se entreguem com toda a sua força e honestidade.
O amor precisa do desejo a seu lado.
O amor precisa da vontade.
O amor precisa...
O amor precisa de tudo o resto para seguir em frente.

Não podemos separar o amor de nada. Não podemos esperar que o amor faça tudo sozinho.

Tal como não podemos escrever na velha máquina de escrever "Oliva2002" sem uma simples folha de papel, também o amor não pode existir sem o resto de nós.

Nunca, mas nunca mais me esquecerei disto.

Amanhã irei comprar uma resma de papel reciclado para ter cá em casa para o futuro. E juntamente com a resma de papel, irei também colocar a lembrança que, para haver amor tem também de haver todo um EU. Sem máscaras nem tabus.

Bem... que raio de cena acabei por escrever... Não era nada disso que estava a pensar em escrever quando comecei. Mas como sempre deixei-me ir... Deixei que os dedos fossem apenas o instrumento do meu corpo. Deixei-os acariciar as teclas silenciosas e frias deste portátil de modo a que transportassem tudo o que estava dentro de mim... Bem tudo não... Há sempre algo novo. Há sempre algo mais que vamos aprendendo e que nos vai fazendo evoluir...

Por isso... Até um dia...

terça-feira, agosto 09, 2005

Andanças 2005

Andanças 2005...

Apetecia-me tanto escrever algo sobre aqueles dias mágicos, complexos, esquezitos e bonitos...

Mas é engraçado que por mais que pense nada sai... Nada mesmo... Não é normal em mim... Normalmente tenho sempre algo para dizer... Arranjo sempre meia dúzia de palavras que consigo dizer, que resumem mais ou menos o que vai dentro de mim...

Neste momento tenho apenas um turbilhão de sentimentos dentro de mim...

Estive a pouco a falar com uma amiga e quando lhe contei como foi o andanças ela apenas disse... "Não acredito... deves estar mesmo na merda." Ao qual eu respondi... "Não. Estou apenas...""Estou um misto de sentimentos e emoções... Mas aos meu sentimentos sobrepoêm-se sempre os meus ideais!"
Por isso vou seguindo em frente... Um passo de cada vez mas sempre em frente. Sempre fiel a mim mesmo e aos ideais que defendo.
A vida é demasiado valiosa para andarmos em confusões e dúvidas... A vida é demasiado dura para se perder alguêm que amamos só porque pode magoar o coração e ser mais facíl esquecer e seguir em frente... Não... Eu nunca vou pelo caminho mais fácil... Percorro sempre o caminho que se parece mais comigo. O caminho onde por vezes olho a volta e nada reconheço, o caminho que muitas vezes só tem frio ou pó. Mas que ao mesmo tempo me faz continuar a segui-lo...

Será que sou masoquista e não sei???

Não, não acredito que o seja... Acredito apenas que gosto de ser como sou... O que não me mata torna-me mais forte... Torna-me melhor... Ensina-me a ser mais sensível, mais puro, mais... mais E.U.!

Ao longo desta vida já ganhei muito, perdi outro tanto, percorri tantos caminhos. Sem nunca chegar a lado nenhum... É verdade, nunca cheguei a nenhum sitío concreto... Mas diverti-me tanto no caminho ;)

E é isso que quero continuar a fazer. A percorrer o caminho. A seguir em frente e encontrar tantas outras coisas, tantas outras pessoas.

Ainda este andanças encontrei um grupo de AMIGOS fantástico...

A Suzeta... Uma mamã babada. Uma rapariga linda e doce. Uma pessoa com uma pedagogia de vida bastante própria. Mulher muito reservada. Mostra-se quase alheia a tudo... Mas nada lhe foge ao seu olhar atento e astuto. E claro está... o seu fetishe pelas suas unhas... hehehehhe

A Soraia... Foste embora cedo demais... Ou talvês não... A ti Soraia só posso dizer que adorei RE-conhecer-te. Mais uma vez senti ao meu lado uma força intensa e doce que só tu tens dentro de ti. És LINDA. Pela primeira vez desde que te conheci aqui a não sei quantos meses atrás, pude dizer que te conheci realmente. Adorei sentir a tua "abertura". Adorei ver e conseguir ter apanhado o teu "crescimento". Adorei aquela noite em que consegui partilhar contigo um pouco da minha vida. E tão facíl foi fazê-lo. Eu que raramente falo de mim...
É verdade... Não me posso esquecer de dizer-te para "Mexe esse mambo" ;)

Cláudia... Uma menina com cara de anjo inocênte... Pois mas é mesmo só a cara... Pois de anjinho e de inocente esta menina nada tem... Muito pelo contrário... É uma menina com uns ideais bastante definidos dentro dela. Sabe aquilo que quer... As vezes um pouco intolerante em relação a isso. Mas é ela. E ela é assim;).
Menina timída. Menina com medo de sofrer... mas quem é que não tem esse medo?
No entanto é um vulcão a espera do seu momento...
Força amiga estou aqui contigo;)

Sara... Que te posso dizer que já não te tenha dito vezes e vezes sem conta???...??? Nada tenho para te dizer excepto que mantenho tudo o que já te disse e acrescento que cada vez gosto mais da pessoa em que te estas a tornar. Uma pessoa honesta, sincera, cheia de ideais e a aprender a ser tu mesma, sem medos nem stress. A aprender a viver a vida no seu explendor tal como ela merece... Gos'TI.

Bruno... Para ti tenho TRÊ Palabra: "Vai fazer broxes a grilos":P
Hahahahahahaha Tinha de te dizer isto pá... Pois é... Adorei conhecer-te. Aturar-te é que foi fodido:P Estou a brincar né;)
És um gaijo cinco estrelas... Demasiado parecido comigo. Deve ser defeito do teatro...
Se bem que no passado ouve alturas em que pensei que tu não fosses a bola comigo. Cheguei mesmo a sentir que tu não me suportavas mesmo... Nestes dias isso tudo foi a vida. Não sei o que se passou... Mas gostei... Força... Estou aqui MIGO.

Pepe... Foste a meio da festa. Mas apareceste na mesma. Já te conheço a quantos anos pá?
Já nem sei. Mas também caguei para isso. És um gaijo fixe. Muito triste. Demasiado triste mesmo. A vida é bela demais e curta demais para teres tanta tristeza ai dentro. Vá pá... Luta... Luta e segue em frente. Sei que tens lutado imenso e não tem sido fácil. Mas continua assim, estas a melhorar cada vez mais pá. E sabes que apesar de estar a 300km no dia a dia, estou sempre ai ao teu lado;)

Sandra... Apareceste do nada... Resolveste fazer um caminho diferente naquela noite e... pronto... fodeu-se tudo... Foste ver o nascer do sol e ainda por cima o teu bikini sofreu imenso... hehehhehe
Ainda bem que te enganas-te no caminho. És uma pessoa ciumenta. Bastante possessiva mesmo... Mas ao mesmo tempo também és bastante doce. Bastante amiga do teu amigo. Gostei de te conhecer e agora quero aturar-te;) Mas sei que tenho de levar o chuveiro de água fria atrás de mim...:P

Jorge... A ti só posso dizer "És um mestre!!!"

Pronto, não sei se o que esta para trás faz alguma lógica ou se é apenas um chorrilho de asneiras sem interesse nenhum... Vou apenas correr o corrector ortografico e colocar isto on-line sem voltar a ler... Senão sei que apagarei tudo.