Ok pronto eu digo habitos que tenho... estranhos... Muito estranhos mesmo...
1- Acordar. Deambolar para a casa de banho. Tomar um duche quente e demorado. Ir para o quarto! Massajar o corpo com body lotion e só depois vestir.
2- Chamar as pessoas por "men", "meu", "ouve lá gaija" e outras coisas afins, porque tenho uma capacidade enorme de baralhar os respectivos nomes das pessoas.
3- Despedir-me sempre das pessoas com um "até para o ano". Nunca sei quando volto a ver as pessoas... E não gosto muito de marcar coisas que não possa vir a cumprir.
4- Caminhar... Ir para qualquer lado e caminhar. Passar um fim-de-semana a caminhar só pelo prazer de caminhar. E quando estiver cansado, continuar a caminhar.
5- Arrancar cabelos quando estou mais nervoso ou mais carente... Alias este, até é, o meu aviso para a necessidade urgente de visitar uma pessoa que maneje a arte da tesoura com afinco e paixão.
E estes são os meus mais estranhos hábitos...
Ok... Criei este sitio para poder colocar as minhas diarreias cerebrais a vontade e de modo a chatear toda a gente que as quizer ler...
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Poesia Roubada numa folha do Bar A Barraca
"368 - Numa estação de metro de Madrid um português está a espancar uma menor (notem, espancar não é violar ou mariquices afins). E. se calhar, a menor merecia (tão novinhas e já com tanta maldade no corpo!).
Avizinhou-se um imigrante do Norte de África que tinha por modo de vida assaltar pessoas com a ajuda de uma navalha. Desta vez (azar para ele!) não usou a navalha e procurou, com bons modos, fazer cessar o espancamento.
Ora português não gosta de ser interrompido e ainda menos quando no exercício duma actividade que, devido aos avanços da condição feminina e à integração na Europa Comunitária se vai tornando cada vez mais rar. De modo que (ah, grande português que Afonso de Albuquerque gostaria de ter ao seu serviço!) o português amandou o magrebino para a linha.
Infelizmente aproximava-se um comboio mas, por sorte, o natural do Norte de África não morreu e na sequência deste episódio até recebeu um prémio municipal. Do português e da menor nada sei. Espero que estejam todos bem."
Eastwood da Silva
Avizinhou-se um imigrante do Norte de África que tinha por modo de vida assaltar pessoas com a ajuda de uma navalha. Desta vez (azar para ele!) não usou a navalha e procurou, com bons modos, fazer cessar o espancamento.
Ora português não gosta de ser interrompido e ainda menos quando no exercício duma actividade que, devido aos avanços da condição feminina e à integração na Europa Comunitária se vai tornando cada vez mais rar. De modo que (ah, grande português que Afonso de Albuquerque gostaria de ter ao seu serviço!) o português amandou o magrebino para a linha.
Infelizmente aproximava-se um comboio mas, por sorte, o natural do Norte de África não morreu e na sequência deste episódio até recebeu um prémio municipal. Do português e da menor nada sei. Espero que estejam todos bem."
Eastwood da Silva
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Nem sei que título dar...
Caetano Veloso
O quereres
"Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inceticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim"
O quereres
"Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inceticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim"
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