À pouco, ao ver o blog de uma querida amiga, fiquei com a merda da lágrima no olho... e claro, quando uma pessoa fica assim, vem logo à cabeça o pensamento:
"Porque carga de água é que isto mexeu comigo".
Bem, para ser sincero, acho que não sei responder a essa pergunta. É daquelas coisas que se sente. Não se explica! Só mesmo quem possui a "arte" é que consegue transmitir esse sentimento em palavras, actos e/ou até em música, dança, etc.
Infelizmente eu não sou uma dessas pessoas. Gosto de me armar em actor, dançarino, malabarista, até cuspir fogo já faz parte do meu curriculum. Mas sinto sempre que não sou um artista, apenas um brincalhão que gosta de "brincar".
Gosto de me libertar o suficiente para poder estar disponível para sentir tudo o que me rodeia... Nem sempre é fácil... Muitas vezes doí... e verdade seja dita, sempre que doí, a disponibilidade diminui, as defesas levantam-se e... o resultado as vezes é... triste.
No entanto quero continuar a acreditar que consigo despir-me de máscaras e defesas e continuo a permitir-me sentir.
Nas "brincadeiras" que me permito ir vivendo, estou numa fase em que tive de voltar a olhar para o nosso pais, sua cultura e tradições. As gentes e os costumes... e claro, ao fazê-lo voltei a lembrar do quando adoro passear por esse pais a fora, principalmente pelo interior do mesmo onde se gente a pureza maior da nossa cultura.
Num exercício, que se tornou numa aventura bem mais difícil do que suponha, (eleger músicas portuguesas que tenham contribuído/marcado a nossa vida) relembrei-me de músicas de um cantor grande português, que eu tenho a sorte de conhecer e ir trocando impressões. Parti à procura dos cd's dele e tenho passado estes últimos dias a ouvir.
Escolhi uma que, pela sua musicalidade, energia, também por me fazer lembrar das coisas que fazia na minha infância, e que não resisto em partilhar aqui.
Obrigado Zeca.
Senhoras e Senhoras, deixo-vos com o GRANDE Zeca Medeiros em "Cantiga da Terra"
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