Carta aberta a Margarida Rebelo Pinto

"Serve esta crónica para retratar e comentar um certo elemento que existe frequentemente em grupos masculinos e que responde pelo nome genérico de ‘Gordinha’."

Cara Margarida tenho pena de ter lido estas palavras, não porque venham da senhora, pois felizmente já não tenho paciência para a sua opinião, mas porque... infelizmente tenho de admitir que a senhora é uma figura pública e que as suas palavras são lidas por várias pessoas...


Primeiro deveria explicar-lhe que existe uma grande diferença entre a "maria-rapaz" e a "gordinha". Mas não vou separa-las e vou junta-las também na mesma expressão da "gordinha".


Normalmente para falar com elas e estar com elas, um homem procura-as quando esta sóbrio. Porque sabe que pode falar com elas, pode ser ele mesmo, pode ser sincero e SABE que da parte delas só vai receber o mesmo.
Depois à noite, o homem precisa de se embebedar, não por estar com elas, mas porque também lá estão as tais "bonitas" e admitamos, todos os homens tem o fetiche de estar com uma pessoa dessas... só que sem álcool não se consegue. Não porque o homem não tenha conversa... não tem é conversa para elas porque não sabe falar de frivolidades. E repito... sem álcool não se consegue aturar a falta de cérebro delas.


Depois há a parte sexual... mais uma vez, a mulher "bonita" pensa que só precisa de ser bonita... e depois na cama... é um biblô... esta ali parada de perna aberta... e que piada tem isto?
Com as "gordinhas" o sexo transforma-se numa sinfonia a 4 mãos... tocada com prazer e dança... há ternura, paixão, há brincadeira, luta... há tesão... e relembro...o homem vai sóbrio. Não precisa de estar encharcado em 7 vodkas ou outras bebidas que tais.
Por outro lado, como para falar com a "bonita" já teve de se embebedar primeiro, quando chega a parte da cama (se não for no WC do bar onde a encontrou) é apenas uma rapidinha, que mais faz lembrar os jingles comerciais do que uma canção... e depois vira-se para o outro lado e adormece embalado pela bebida que tinha já no corpo... Claro que isto da bebida trás a vantagem de... no outro dia quando acorda pensa que foi brutal.... pois não se lembra de nada, apenas que realizou o seu fetiche.


Felizmente, e digo felizmente porque não vou estar a duvidar da sua palavra,  nunca conheci uma "gordinha" que abrisse as pernas num beco do BA ou outro sítio qualquer, e se aliviasse ali... mas pelo contrário, já vi várias "bonitas" a fazê-lo...Algumas até modelos de nome...
Também nunca tive o azar de conhecer uma "gordinha" que se peidasse ou arrota-se junto com os homens, muito pelo contrário, até são as mais correctas e respeitadoras... E digo... com elas nunca consegui ir ao WC dar a rapidinha.... elas nunca me permitiram tal descaramento. 


"Ser gira dá trabalho e requer alguma diplomacia" E não é que concordo consigo... para uma pessoa ser bonita e estar dentro dos padrões sociais, requer muita disciplina, investimento e até um custo € significativo... No entanto ter 2 dedos de testa e ser capaz de ter uma conversa interessante também... só que é gratuito... não custa € nenhum, basta exercitar o cérebro, e toda a gente nasce com um (tirando infelizes casos de doença). No entanto há muitas mulheres giras que não o aprenderam a usar. 


Agora falo de algo que a Margarida não falou e que para mim é importante referir... sim, os homens são uns idiotas e perdem imenso tempo atrás das mulheres "giras" e só mais tarde, as vezes tarde de mais, é que percebem que a "gordinha" que sempre tiveram ali do lado (ou acabaram de conhecer) é que é a pessoa com quem querem passar o resto da vida.... não só porque a amam, mas porque também confiam nelas, são companheiras, amigas...