quarta-feira, fevereiro 28, 2007

"The Legend Of 1900"

Um filme fantástico, soberbo e delicioso...

Giuseppe Tornatore Cria um filme que nos leva a passear por um mundo cheio de música e emoções.

Com excelentes actores, este é um filme ao qual é impossível ficar indiferente.
Desde Tim Roth, Pruitt Taylor Vince, Mélanie Thierry, etc... Encontramo-nos constantemente num rodopio de sensações que nos faz sentir que estamos a navegar nas mesmas vagas gigantescas que nos fazem cambalear...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Bonsai


A minha nova paixão...

Fazer crescer algo, personalizado, único e mágico.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

194

"Era uma vez uma ilha de momentos. Para poder resistir, os habitantes eram obrigados a contemplar incessantemente o desfilar das imagens que constituíam a sua natureza. Vivam fazendo descolagens."

in 463 tisanas
Ana Hatherly

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

PARABÉNS MÃE

Sim, veio com atrazo... Tu fizeste anos no dia 07... Mas eu não me esqueci... Apenas andei a deixar amadurecer o que tinha cá dentro para te conseguir dizer... E sobretudo arranjar as palavras certas e a coragem para o fazer...

Não é que precise de coragem para dizer o que sinto, mas conheces o teu filho... É como um túmulo... para ele, dizer algo que sente, é complicado...

Fizeste quantos mesmo??? 16 anitos? Vá 18 para poderes votar ;)
Digo isto porque realmente tens a força de uma MULHER de 18 anos...
Não tiveste uma vida fácil, isso não é segredo para ninguém. Levaste porrada da vida em muitos momentos da tua vida. Alias, muitas vezes a vida ainda te prega partidas e tenta deitar-te abaixo.
No entanto sempre conseguiste levantar-te todos os dias. Vestir o teu robe de mãe, sorrir e tratar da tua família.
Deixar o pequeno-almoço ao pai, para quando ele sai-se do trabalho de manhãzinha cedo. Ias acordar-me (tarefa que não é fácil... pois acordo sempre a resmungar...).
Chegava à cozinha no fim do banho e da roupa vestida e já tinha o meu pequeno-almoço pronto... O meu pauzinho com marmelada e queijo, o copo de leite bem quentinho. Tratavas da tua filha para ela não ficar a dormir até as tantas.
Ias vestir-te e tratar de ti a seguir, para saíres e ires dar aulas durante não sei quantas horas seguidas a uma série de crianças...
Depois chegavas a casa e ainda tinhas de tratar de uma das mais reguilas de todas... EU...
Aturavas o mau humor de toda a família. Ouvias os desabafos e queixas de todos (não só nós, mas TODA a família), inclusive arranjavas sempre tempo e maneira de ajudar ou até mesmo resolver TODOS os problemas que afligiam todas as pessoas à tua volta.
Tiveste uma infância dura... Nem sei bem por onde começar se quisesse falar nisso, acho que nem consigo imaginar bem o que terá sido. Graças a ti, nunca soube o que era isso.
Começas-te a trabalhar em Portugal tendo de subir uma serra montada nas costas de um burro teimoso, só para chegares à escola e ensinares o teu primeiro grupo de mentes ávidas de aprender.
Há medida que foste crescendo na carreira de docente, as coisas não foram ficando mais fáceis. Lembro-me que nos teus últimos anos como professora, se querias ter papel higiénico na casa de banho, tinhas de o levar de casa, tal como o aquecedor para manteres os pés quentes.
Passas-te privações para dares a mim e a mana tudo aquilo que nós precisavamos, e apesar de não nos teres dado demasiados mimos, tivemos a dose mais que suficiente.
Alias, ainda me lembro uma vez que me disseste: "Nem que tivesse de arranjar outro emprego a limpar e esfregar escadas de prédios, nunca nos faltaria nada".
E sempre levaste porrada da vida. Inclusive chegas-te a levar um pontapé meu.
Esse sim, é a coisa que mais me custa lembrar.

FOI A PIOR COISA QUE ALGUMA VEZ PODERIA TER FEITO.

De tudo o que me lembro, foi a única vez que o pai me bateu. Bateu-me a sério... E agora que olho... Só tenho pena das que ficaram por dar... Devia ter levado muito mais pelo crime hediondo que cometi.

No entanto, levantas-te todos os dias. Preparas o teu dia-a-dia, e também o do pai. Fazes aquilo que queres, que gostas e também aquilo que achas que deves fazer.
Nunca vi mulher tão forte como tu, e ao mesmo tempo, tão humilde!
Choras quando não consegues ajudar o outro. Choras quando te lembras que és apenas humana e não consegues fazer milagres para melhorar alguém que esta ao teu lado. Choras cinco vezes mais quando essa pessoa sou eu ou a tua filha.

E mesmo acordando a chorar, tens sempre tempo para ouvir os pedidos de ajuda. Para mandar uma mensagem de apoio e de carinho.
Então agora que andas a descobrir o e-mail é ver a minha inbox encher-se de e-mails teus com mensagens de amor e amizade.

Sei que devia ter o engenho e a arte de poder escrever isto melhor. Quem sabe até com um poema, um verso, uma canção, uma fotografia, ou qualquer outra coisa. Já ficarei feliz que, quando leres esta carta, não encontres nenhum erro ou alguma incorrecção ortográfica.

No entanto, não poderia acabar sem antes, afirmar em plenos pulmões, que tive:

A MELHOR MÃE QUE PODERIA, ALGUMA VEZ, TER TIDO!!!

ADORO-TE

P.S. - E não te preocupes com o teu filho. De uma maneira ou outra sou demasiado parecido contigo. E estou sempre pronto para uma boa luta... ;) Beijos grandes e fofos, daqueles ruidosos que te fazem sempre encolher toda quando os dou.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Eu... Viajante Azul

Acho que já por várias vezes falei do porquê me chamar BlueTraveler...

Mas a verdade é que é muito mais por gostar de viajar e conhecer culturas e locais novos...

Alias, para ser sincero é mesmo pela falta de coragem, capacidade e know how, de atirar a ancora e aportar de vez esta necessidade de viajar em emoções e sentimentos.

Viciei-me de tal maneira em andar sempre numa montanha-russa que custa parar e descer da carruagem...

Se bem que as vezes cansa andar sempre assim. Entre lutas constantes entre os princípios e os desejos. Vontades e receios.

Acalmar este fogo constante e entrar num balancear diário e estável.

Mas sempre que penso nisso, parece-me que esse porto ainda está longe. Da vigia não se ouve gritar: "TERRA À VISTA!"

Amigas minhas que conseguiram ganhar o lugar de confidentes, se é que as posso chamar assim, pois raramente falo de mim, dizem sempre que: "Ainda não encontras-te a pessoa certa! Quando a encontrares, vais atirar a ancora e nem reparas que o fizeste."

Pois, eu quero acreditar que sim, que é isso que me faz continuar ainda e sempre a viajar, sempre à procura... Mas, penso que continuo é à procura de mim. Eternamente à procura de quem eu sou e onde estou. Sempre a fugir de mim mesmo.

Dou por mim a ter medo de relações e entregas muito íntimas...
Medo de não conseguir fazer o outro feliz. Capaz de me entregar intensamente como se não houvesse amanhã.
Então se apanho alguém que também tem esse medo. Que prefere ir com calma, sem entrega muito profunda ao início... Ai então parece que consigo ligar todos os motores do meu barco e zarpar a grande velocidade...
Sim, é algo egoísta em mim... Algo que realmente só demonstra falta de coragem e vontade de lutar... Mas realmente... preciso de ser arrebatado. Preciso que consigam fazer-me perder o control. Para ser ainda mais directo, preciso que me consigam chocar...

E admito que não é fácil fazer-me ficar chocado, baralhado e sem saber bem o que dizer ou fazer.

A vida inteira delineei, de uma maneira ou outra, aquilo que queria fazer, que queria seguir...
Adoro conhecer tudo aquilo que muitas pessoas chamam de fantasias e até perversões.
Adoro estudar história e religião. Saber como e porquê a sociedade é como é. E que percurso fez para chegar onde chegou.
Adoro o palco. Ser capaz de criar uma história que cative os outros e os faça embarcar num sonho... Adoro a natureza. Caminhar por vales, praias, rios, montanhas, planícies.

Sou informático por hobbie e profissão... Prazer e obrigação.

Nessas áreas não tenho problemas... Mas quando toca à emoções... só sei mesmo: "Navegar, Navegar..."