segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Eu... Viajante Azul

Acho que já por várias vezes falei do porquê me chamar BlueTraveler...

Mas a verdade é que é muito mais por gostar de viajar e conhecer culturas e locais novos...

Alias, para ser sincero é mesmo pela falta de coragem, capacidade e know how, de atirar a ancora e aportar de vez esta necessidade de viajar em emoções e sentimentos.

Viciei-me de tal maneira em andar sempre numa montanha-russa que custa parar e descer da carruagem...

Se bem que as vezes cansa andar sempre assim. Entre lutas constantes entre os princípios e os desejos. Vontades e receios.

Acalmar este fogo constante e entrar num balancear diário e estável.

Mas sempre que penso nisso, parece-me que esse porto ainda está longe. Da vigia não se ouve gritar: "TERRA À VISTA!"

Amigas minhas que conseguiram ganhar o lugar de confidentes, se é que as posso chamar assim, pois raramente falo de mim, dizem sempre que: "Ainda não encontras-te a pessoa certa! Quando a encontrares, vais atirar a ancora e nem reparas que o fizeste."

Pois, eu quero acreditar que sim, que é isso que me faz continuar ainda e sempre a viajar, sempre à procura... Mas, penso que continuo é à procura de mim. Eternamente à procura de quem eu sou e onde estou. Sempre a fugir de mim mesmo.

Dou por mim a ter medo de relações e entregas muito íntimas...
Medo de não conseguir fazer o outro feliz. Capaz de me entregar intensamente como se não houvesse amanhã.
Então se apanho alguém que também tem esse medo. Que prefere ir com calma, sem entrega muito profunda ao início... Ai então parece que consigo ligar todos os motores do meu barco e zarpar a grande velocidade...
Sim, é algo egoísta em mim... Algo que realmente só demonstra falta de coragem e vontade de lutar... Mas realmente... preciso de ser arrebatado. Preciso que consigam fazer-me perder o control. Para ser ainda mais directo, preciso que me consigam chocar...

E admito que não é fácil fazer-me ficar chocado, baralhado e sem saber bem o que dizer ou fazer.

A vida inteira delineei, de uma maneira ou outra, aquilo que queria fazer, que queria seguir...
Adoro conhecer tudo aquilo que muitas pessoas chamam de fantasias e até perversões.
Adoro estudar história e religião. Saber como e porquê a sociedade é como é. E que percurso fez para chegar onde chegou.
Adoro o palco. Ser capaz de criar uma história que cative os outros e os faça embarcar num sonho... Adoro a natureza. Caminhar por vales, praias, rios, montanhas, planícies.

Sou informático por hobbie e profissão... Prazer e obrigação.

Nessas áreas não tenho problemas... Mas quando toca à emoções... só sei mesmo: "Navegar, Navegar..."

2 comentários:

Anónimo disse...

Caramba, ligaste o motor escondido no barco à vela e fazes-te assim ao mar interior das emoções? Um brinde à tua coragem! Navega sempre, amigo! O leme a que temos de nos agarrar bem é em primeiro lugar o do nosso barco individual, aguentar as nossas tempestades e aproveitar ao máximo os dias de vento em popa! Sem agarrarmos bem o nosso leme não poderemos atracar de forma a deixar entrar alguém que queira navegar connosco, sejam amigos, parentes ou amores. Em vez de procurares terra firme e parares, encontra alguém que pegue no leme contigo ou melhor, que construa um barco contigo a partir dos barcos de cada um. Não é de avistar terra que se trata, mas sim de ter os olhos bem abertos na direcção do horizonte! Já sabes que em caso de lançares SOS eu e a Mariana temos um barco patrulha preparado. Abraço forte!

Bel disse...

è engraçado ler este teu texto.
Eu não acho que haja um momento em que atracas só porque te prendes a alguém, acho que atracas porque ficas mais calmo com a idade, apercebeste que que a todo o momento há situações novas e que tu não perdes ailusão de qe a spodes viver a 100 %.
Apaixonas te, não porque alguém te vai tirar do sério mas porque te toca lá no fundo longe de preversoes planos ou portos distantes.
um beijo e a entrada em bom porto