Tradição popular, recuperada pela ACERT, a queima do Judas é já um marco na Santa Terrinha de Tondela.
Um espectáculo de teatro de Rua que reune já centenas de jovens (e não só) que, segundo as últimas estatíscticas neste ano do Senhor de 2007, estiveram inscritos cerca de 230 participantes.
Dividida em vários momentos, a semana de preparação para a tão esperada queima, permite que todos os participantes façam processos de aprendizagem em várias áreas distintas.
Desde a construção dos cenários e dos figurinos, até à construção do movimento e da actuação propriamente dita.
É sempre uma semana intensa e este ano não foi diferente.
Ilda, Ruy, Sandra e Raquel, coordenadas pelo José Rui, este ano não perdoaram e, logo no segundo dia de ensaios e preparação, deixaram estas 2 centenas de participantes com as pernas todas moidas, até caminhar era um suplício.
Com algum stress, provido de bastantes alterações constantes no movimento que se estava a criar, os 7 grupos inventados para este espectáculo lá foram avançando.
A cooreografia geral (em que entravam todos os participantes), o grupo dos nossos Zero Sete, os E.T.'s e também o grupo do fogo, estavam sob a alçada e responsábilidade de Ruy.
Ilda por sua vez, mantinha as 40 pestes do grupo de petróleo com muitos Ia, aí, andom e Random cheios de energia e sobretudo com muita ATITUDE. (o quê quê precisooooo?)
Um grupo de enfermeiros, médicos, doentes, maqueiros e etc, eram coordenados pela Sandra. E realmente... "mais vale um bisturi nas mãos de quem gostamos, que estar uma eternidade na lista de espera".
E as musas, bonecas cheias de bikini, meninos a jogar à bola, e outros playboys deitados e a brincar nas areias das praias eram apaparicados pela Raquel.
Por sua vez, José Rui, tratava de integrar todos estes grupos num só movimento geral e contínuo. Tal como estar também responsável por todo o resto do espectáculo. Desde o fogo de artificio, ao som, etc.
Claro que tudo isto não seria possível só com estes senhores. Nas sombras e bem escondidos andava uma grande equipa de técnicos e pessoas apaixonadas, que mais do que por obrigação, fazem esta queima anual com prazer e delírio.
Desde o grande Pompéu (coordenador do indispensável grupo que são os Manchas Negras) e claro, todos os seus elementos. Que nunca aparecendo ou dando a cara (motivo que originou o seu nome) seria impensável fazer algo deste tamanho sem eles.
Até ao Rosa, que com as ajudas que vai encontrando e raptando para a sala de costura cria todos os figurinos que 200 pessoas irão vestir.
O grupo de música dirigido pelo "maestro" Fran Perez e que contém compositores, músicos e professores de grande gabarito.
Muitas outras pessoas mereceriam ser escritas aqui... Não o vou fazer, e de certo elas compreendem, mas seria transformar o que seria um texto que fala de algo numa ficha técnica e isso, deixo a quem de direito...
Mas não podia deixar de falar das energias vividas naquela semana. Estar no meio de duas centenas de pessoas é algo já por si intenso. Ainda mais é, quando essas pessoas, estão todas a trabalhar com o mesmo sentido.
Tive a sorte de pertencer a grande "irmandade". 10 pessoas que também já participam na queima há alguns anitos... Será que vão continuar??? Quero ver quem se mantém lá na minha idade! (e isto é uma provocação para eles :P)
p.s. - Em breve no site da ACERT, estará toda a galeria oficial das fotos... No entanto, para os mais apressados, poderão encontrar mais em: http://josecoelho.homelinux.com/
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