Ok... Criei este sitio para poder colocar as minhas diarreias cerebrais a vontade e de modo a chatear toda a gente que as quizer ler...
sábado, setembro 30, 2006
E esta viagem ao passado...
Ahhhh como eu queria voltar...
SAUDADE...
quarta-feira, setembro 27, 2006
Apetecia-me Viajar...
Entrar no comboio, sim hoje teria de ser de comboio, colocar os phones com a música dos Wraygunn a tocar, entrar na carroagem, abrir bem a janela e viajar até terras alentejanas, preferencialmente a Costa Vicentina. E infelizmente nem sei se há comboios para lá!...
Claro que tudo isto não seria só para viajar... Não seria ir e voltar... Seria sobretudo ir e... ficar lá 2 ou 3 dias. Numa casa como esta:
Levar um bom livro debaixo do braço. De preferência algum de aventuras ou missões fantásticas, com lendas ou uma ficção quase real.
Talvés relê-se pela milésima vez o grande livro "As minas de Salomão" tradução de Eça de Queiros, que a minha mãe possui em casa, com encadernação vermelha e que ainda tem o preço na primeira folha escrito a lápiz "40$00".
Ficaria assim então, acordando e dormindo, sonhando e voando nas páginas... Deixaria a mente descançar, o corpo aninhar... a vida pararia por momentos.
Se calhar até trocaria o livro por outro... "Mundo do Fim do Mundo" de Luís Sepulveda. E deixaria-me viajar pelos mares nórdicos... À procura de baleias e outros animais marítimos.
Mas sobretudo deitaria na rede, e de lá viajaria ainda mais. Cada vez para mais longe, mais depressa, mais intenso... e ao mesmo tempo... sem sair dalí. Fumaria o meu cigarro, beberia o pote de chã ou café (consoante a hora do dia e a vontade que me desse). Se calhar até iria comprar um cachimbo só para ser diferente e porque adoro o cheiro do cachimbo a arder.
Levantaria-me para ir comer, ir ao WC, ir comprar tabaco e de preferência tentaria fazer tudo numa só ida.
De resto ficaria ali, lendo, parado, sonhando...
sábado, setembro 09, 2006
Trigo Limpo estreia EM PAZ, dias 15 e 16 de Setembro
Trigo Limpo teatro ACERT, Estreia a sua 70ª produção
15 e 16 de Setembro às 21.30h
Campo de jogos da Escola Secundária de Tondela
Integrado nas Festas do Concelho de Tondela
Trigo Limpo teatro ACERT
Estreia a sua 70ª produção “Em Paz”
Na comemoração dos seus 30 anos de actividade, o Trigo Limpo teatro Acert apresenta mais um espectáculo de teatro de rua, prolongando um percurso de experimentação artística fortemente marcado por diversas produções: “Brincando Com o Fogo”, “Faldum”, “Au Gaciar”, “Transviriato” e a Máquina de Cena “Memoriar”(ciclista, reproduzindo o brinquedo popular de feira).
No espectáculo Em Paz, baseado em “A Paz” e “Lisístrata”, de Aristófanes, o autor brinca com a paz e com a guerra de uma maneira universal, tornando o texto de uma actualidade extrema. Assim, o espectáculo, resultante da adaptação e cruzamento dos dois textos procurará reinventar a crueldade e a comicidade com que o autor reflecte o drama da guerra e o posicionamento da sociedade e dos seus vários elementos perante esse drama.
É uma procura da paz, em dois actos.
Primeiro pelos homens...
Não o conseguindo, as mulheres usam a greve de sexo, alcançando assim a paz que é celebrada numa festa final.
De salientar que este espectáculo, para além de todo o elenco do Trigo Limpo teatro ACERT, conta com a participação de actores convidados que, após uma acção de formação realizada para o efeito, torna esta produção teatral num espectáculo de intervenção comunitária, prosseguindo uma linha de criação de efeitos artísticos mais abrangentes.
Texto: a partir de “A paz” e “Lisístrata” de Aristófanes (tradução de Maria de Fátima de Sousa e Silva)
Dramaturgia: Pompeu José
Encenação: José Rui Martins e Pompeu José
Interpretação: Bruno Oliveira, Gil Rodrigues, Jorge Oliveira, José Rosa, José Rui Martins, Miguel Fragata, Paula Coelho, Raquel Costa, Ruy Malheiro, Sandra Santos e Zekinha + Adriana Ventura, André Silva, Catarina Coimbra, Claúdio Lima, Cristiana Cruz, Helder Silva, Helena Jorge, Joana Cavaleiro, Joana Rodrigues, Mafalda Matos, Marta Marques, Paulo Nuno, Rita João , Susana Alves, Teresa Machado, Tiago Laborinho, Tony e Wladimir António
Música: Carlos Peninha e Fran Pérez
Musicos: Carlos Gustavo, Carlos Peninha, Claúdio Lima, Joaquim Tavares, Lydia Pinho e Miguel Cardoso
Poemas: José Rui Martins
Cenografia: Marta Fernandes da Silva e Pompeu José
Figurinos: José Rosa
Confecção de Figurinos: Pape 5, Ruy Malheiro, Svetelana
Adereços: Cláudia Barato, Marta Fernandes da Silva, Pedro Santos e Vitor Sá Machado
Desenho de Luz: Luís Viegas
Técnicos: Cajó Viegas, Luís Viegas e Paulo Neto
Contra-regra: Marta Fernandes da Silva e Zito Marques
Serralharia: Rui Ribeiro
Carpintaria: Sílvio Neves
Apoio à construção: Gonçalo Cruz, Manuel Matos Silva, Luis Viegas e Zito Marques
E como não podia deixar de ser, eu vou lá estar ;)
Força Pessoal
quinta-feira, setembro 07, 2006
Revisitando Viseu
Uma nova visitante, deste meu lugar, de constantes diarreias cerebrais, fez-me sentir vontade de revisitar a minha cidade natal. A minha SANTA-TERRINHA!
E lá partiu a minha mente pelos arquivos de memórias que se encontram em mim...
Não vai ser fácil colocar cá tudo, alias nem sequer quero, há coisas só minhas... Mas pior que tudo, é fazer uma descrição cronológica das "aventuras" que tive na "Sra. da Beira, sulcando a Serra-da-Estrela, de tamanquinho no pé".
Sempre que vou a Viseu, acto que pratico pelo menos 1 vez por mês, obriga-me a ir passear por locais obrigatórios... Desde o salão de jogos Nortenha, até ao Café do Conservatório, passando pela Rua Direita, beber um copo num dos bares da Sé.
De noite, sabe-me sempre bem sentar no velho pelourinho erguido, mesmo em frente à Sé.
Ficar a ver o luar e a ouvir o som da cidade. Tantas noites ali passei na conversa com amigos. Partilhando fantasias, confidências, sonhos, desejos, cerveja.
Quando lá vou e vejo aquilo sem os mil e um carros que antes lá estacionavam sinto aquilo bonito, mas um pouco vazio... E eu, que sempre lutei para fechar aquilo... Sim... lembro-me perfeitamente que lutei para esvaziarem a Sé dos carros, desde o dia que descobri que o Pelourinho, além de pelourinho, era um magnífico relógio solar. Não sei se está certo pela hora portuguesa, mas que funciona, funciona!
Em frente, aquele monumento impressionante. Eleva-se na parte mais alta da cidade algo que passou e foi marcado por todas as décadas desde a sua construção até hoje. Algo único no pais e na Europa.
Começou a ganhar forma no séc. XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques, impulsionada pelo bispo D. Odório, a Catedral/Sé de Viseu, é um lugar mágico e único. Aberta quase sempre para toda a gente por ir visitar, encontram-se lá magníficos tesouros. E isto sem falar nos realmente valiosos que se encontravam no Museu de Arte-Sacra da Sé. Encontram-se uns claustros calmos, silenciosos austeros. Uma igreja imponente, forte, intimidante, mas ao mesmo tempo... acolhedora. Com a estátua de J.Cristo feita com cabelos verdadeiros... Chegaram a dizer-me que as vezes tinha de lá ir o cabeleireiro corta-los, pois cresciam... (uma criança acredita em tudo). Mas eu fugia sempre daquela estatua... Os olhos pareciam estar sempre a olhar para mim e a ver as minhas asneiras cometidas diariamente.
Depois os túneis e passagens secretas (um deles esta mesmo atrás do altar) os outros nunca direi.
Ah... inclusive cheguei a andar pelos telhados da Sé... Ver a cidade lá de cima é... MÁGICO.
Seguindo o caminho que Viriato, segundo diz a lenda, fez seguir um exercito de carneiros, com tochas amarradas aos respectivos cornos, e que fez fugir um exercito romano, salvando assim a cidade, vamos ter à Cava do Viriato. Será que foi por causa disso que este losango ganhou o nome? É uma construção em terra que sobreviveu até hoje e que demonstra as construções dos campos romanos. Na sua entrada existe uma estátua de Viriato e dos seus "rebeldes". Conhecia tão bem... até a conheci quando ainda tinha espada. Que passou a ser roubada, não se sabe por quem, e que no fim de 3 ou 4 assaltos, deixaram de a colocar lá.
Foi ali, que fiz pela primeira vez rappel. Numa parede com não mais de 3 metros de altura, e que se descia em 1 salto (para os mais experientes ou 3 para os aprendizes).
E era ai que levávamos sempre os putos novos para aprenderem... Ou então quando não podíamos sair de Viseu para ir fazer e estávamos de férias, juntávamos o grupo de íamos para lá fazer só por não termos mais nada para fazer.
Aquilo agora quase não se vê... as pessoas passam por baixo pelo túnel e os acessos lá a pé são esquisitos...
Perto dali havia a Estação de caminhos-de-ferro. Sim é verdade Viseu teve comboios, e tem uma das linhas mais bonitas. É uma viagem fantástica de se fazer, paisagens alucinantes. Não, nunca a fiz de comboio, apesar de ter corrido atrás deles e ao lado deles... Mas fiz a viagem de bicicleta várias vezes... E até alguns pedaços a pé. Também ia a estação jogar numa máquina muito louca, mas também porque me deixavam jogar ali sem ter a idade mínima necessária.
Do outro lado da cidade, a magnifica construção do Hospital. Agora chamado de Hospital velho, era uma construção magnífica em pedra. Austera e fria. Era o único edifício da cidade que me impunha realmente respeito e no qual não tive grandes aventuras. Mas lembro-me bem de andar por lá muito encolhido e sempre ao lado da minha mãe, mas com os olhos bem esbugalhados a olhar para toda a parte. Via tudo e queria ver muito mais... E aquela escadaria enorme, toda em pedra, que eu adorava escorregar por ali abaixo?
Dali até ao parque da cidade era um saltinho, alias naquela cidade tudo está à distância de um salto, ainda hoje quando lá vou paro o carro e só volto a pegar nele para vir embora. Mas no parque da cidade havia um certo encanto. Desde o lago, com uma pequena ilhota no meio, que assim que tive pernas suficientemente compridas e fortes, passei a ir para lá constantemente. Adorava o risco de saltar e poder cair à água. Acho que hoje já não terei coragem... talvez um dia volte a tentar. Mas passei muitos verões lá. Lembro-me de um específico, pois passava todas as tardes sentado na pequena biblioteca infantil que lá há (ou havia não sei se ainda esta aberta), a ler todos os livros do "Connan o Bárbaro". Era lá que ia brincar para o parque infantil, naqueles escorregas de ferro, o comboio (quem não se lembra deste brinquedo???), e muitos outros que hoje são considerados perigosos para as crianças. Foi lá também que ouvi pela primeira vez alguém a tocar djambé. Agora esta vedado e só abre durante o dia. À noite já não se pode lá ir passear.
Logo ali ao lado, no famoso Rossio de Viseu, milhares de pombas são assustadas e obrigadas a levantar voo por causa das corridas das crianças que as querem apanhar. Ainda hoje é assim. E gosto de ver. Certo dia, de noite, perto das 00h, na época de natal, passei ali por acaso e senti-me num mundo mágico. Pela primeira vez que me lembro, a cidade tinha sido invadida por um enorme nevoeiro e as árvores, enfeitadas com as luzes brancas, apareciam e desapareciam à minha frente. Estar ali sozinho fez-me voar para outros mundos.
Atrás dele, havia algo que me fez chorar no dia em que desapareceu. O cine-teatro de Viseu. Foi ali que vi o meu primeiro filme e foi demolido ainda era eu criança. Agora são as finanças, o NB e outras lojas de roupa e não sei mais o que.
Seguindo em frente, em direcção à Rua Direita, encontrava-se o mercado antigo. Tantas vezes que lá fui ver as pessoas a vender o peixe, as flores, a carne, tantas coisas... E a sua construção era das poucas do género em Portugal... Agora é um parque com várias lojas, cafés e pronto... Fazem lá feiras de artesanato e dão concertos no Viseu naturalmente.
Descer a Rua Direita, sim como em todas as cidades, é a rua com mais curvas. Lojas e mais lojas. Tudo o que se quer comprar encontra-se ali. O verdadeiro mercado alfarrabista de Viseu é ali. É fantástico passar por lá durante a semana, de dia, e ver as pessoas a arrumar as montras, na conversa à soleira da porta com o colega da loja vizinha.
Ao fundo da rua chegamos a Escola Emídio Navarro, antiga Escola Comercial de Viseu. Foi lá que passei anos interessantes da minha vida. Foi lá que despertei para a sexualidade. Foi lá que pratiquei as maiores traquinices que se podem imaginar. Todos os intervalos ia-se jogar Volei ou baskete. Bem quase sempre volei.
Um pouco mais ao lado, há o Fontelo. A Mata da cidade. Com a "Porta do Sol" à entrada, abre-se para toda a gente, um espaço fantástico, natural. Era ali que os jovens iam namorar quando queriam algo mais... era ali que ao domingo as pessoas iam ver os jogos da equipa de futebol da cidade e as famílias ias passear as crianças. Foi ali que apanhei a minha primeira bebedeira. Ai Fontelo, Fontelo... Ainda bem que as tuas árvores e pavões não falam...
O percurso de manutenção. Os jogos de futebol que lá fazia ao domingo de manhã, ir a piscina municipal nas férias de verão. Era obrigatório... Mas só de terça até sexta-feira. Elas eram lavadas à segunda-feira. Tentar entrar de mansinho no estádio para ver o jogo... Pagar bilhete??? Não era prioritário e o dinheiro era importante para comprar tabaco, alias o jogo assim até era mais divertido. E eu até nem gosto assim tanto de futebol.
Ahhhh cidade minha... "Cidade Sra. da Beira, com seus castelos roqueiros. Foste musa de alguns poetas como foi Thomas Ribeiro" Em ti se inspiraram pintores como o Grão Vasco. Lutaram guerreiros/pastores. Em ti o sonho e a realidade tiveram sempre uma ligação mágica. Entre o aqui e o agora e a nossa história. Em ti cresci, sonhei, corri... Em ti VIVI. E em ti hei-de morrer.
Sim, és pequena demais para mim, falta-te muita coisa para eu conseguir viver o dia-a-dia. Mas quero voltar a ti no final da minha vida. Até lá... vou-te visitando e recordando.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Uma música só porque apeteceu...
It was some time in early September
You were lazy about it, you made me wait around
I was so crazy about you, I didn't mind
So I was late for class, I locked my bike to yours
It wasn't hard to find, you painted flowers on
I guess that I was afraid that if you rolled away
You might not roll back my direction really soon
But I was crazy about you then and now
The craziest thing of all, over ten years have gone by
And you're still mine, we're locked in time
Let's rewind
Do you remember when we first moved in together?
The piano took up the living room
You played me boogie-woogie I played you love songs
You'd say we're playing house now you still say we are
We built our getaway up in a tree we found
We felt so far away but we were still in town
Now I remember watching that old tree burn down
I took a picture that I don't like to look at
Well all these times they come and go
And alone don't seem so long
Over ten years have gone by
We can't rewind, we're locked in time
But you're still mine
Do you remember?"
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terça-feira, setembro 05, 2006
Aulas - O regresso
Depois de 2 meses parado, aproveitando (mais o professor e os meus colegas) as férias de verão, os festivais que decorreram, em Portugal e visinhos espanhois, finalmente chega setembro e as fantásticas aulas de dança.
Ontem recomeçamos com o Cha Cha Cha... Dançamos pouco mas melhoramos alguns promenores técnicos de condução e postura corpural.
É claro que preferia dançar... mas vá, vou as aulas para alguma coisa :P
domingo, setembro 03, 2006
Festa do Avante 2006
Sim, estive lá, e adorei...
Passei um Sábado a curtir ao som de vários músicos fantásticos, dos quais destaco o grande Tito Paris.
Não vou falar da Festa, no fim de 30º anos ela não precisa de apresentação.
E pelo mesmo motivo, também não devia ser preciso falar do Tito. Mas não resisti.
O som, a energia, o ritmo, e mais um conjunto enorme de coisas que compõem o espectáculo dele, faz com que ninguém consiga ficar indiferente ao seu som.
Obriga o nosso corpo a mexer, a dançar.
Foi de tal maneira que até fiquei com as virilhas queimadas de tanto dançar... Sim é verdade, não parei mesmo.
Claro que ouve outros grupos que me obrigaram a mexer ;)
Mas desta vez fica aqui a nota 100 para o Tito... Continua meste.