segunda-feira, janeiro 16, 2006

Apetecia-me pegar em ti e...

Estacionar o carro as 09h30 de sábado no centro da vila de Sinta. Subir aquela estreita ruela a pé e entrar na Piriquita, casa primeira no fabrico dos deliciosos travesseiros, e tomar um pequenoalmoço consistente e que fornece-se a energia suficiente para começar o dia.

A saída, abrir bem os pulmões, inspirar aquele ar límpido e puro, e seguir a pé, sem pressas, até a entrada da Quinta da Regaleira.

Seguir o grupo e fazer uma visita guiada, ouvindo as explicações de cada uma das áreas que formam aquele espaço mágico.
Começando no Terraço dos Deuses. Passando pelos lagos ocultos, cheio de passagens subterrâneas. Indo até à mesa das reuniões (espaço do qual já não me recordo do nome) e chegando ao Poço da Iniciação, que culminará depois nas costas de uma bela cascata de água límpida e gelada.
Continuando depois a seguir o caminho passaremos pela Torre. Estrutura de pedra que deu o nome originário da quinta: Quinta da Torre.
Estes são uns dos milhentos sítios que iríamos visitar. Para depois culminar na casa em si e, visitar o pequeno museu lá instalado, com dezenas de pequenas amostras da cultura maçónica e templária, entre outras esotéricas.

Depois desta visita de 2horas, convidar-te-ia para irmos passear mais um pouco pela Quinta. Parar num recanto de um jardim e fazer um ligeiro pic-nic.

Aproveitar aquele pedaço de natureza trabalhada e descansar o corpo, o espírito e recuperar forças com umas frutas, sandes, e outras pequenas delícias típicas de pic-nics.

Continuando o dia, perguntaria-te se querias subir mais um pouco e ir visitar o fantástico Palácio Nacional da Pena, para em seguida descer pelas traseiras onde encontraríamos o lindíssimo "Jardim dos 7 lagos" (isto se não me falha o nome do jardim). Jardim magnifico, com uma vegetação fabulosa e aconchegante.

No fim. Iríamos fazer o caminho de regresso ao centro da vila e encontrar um pouco de calor no meio da sociedade. Entraríamos num belo recanto, um verdadeiro pasto de delícias. Um salão de chã, pequeno e com um maravilhoso cardápio de prazeres terrenos e mundanos. Desde os belos scones, acompanhados com doces melados, que nos escorrem pela face abaixo, ao famigerado bolo de chocolate.

Em seguida, a medida que o sol vai preparando a sua cama, e ajeitando docemente os seus lençóis. Dando origem assim a sua irmã lua. Que nos ira acompanhar pelo resto da noite. Pegaria na tua mão. Perguntaria se ainda eras dona um sopro de forças para caminhar mais um pouco, e pedindo-te que confiasses em mim, levar-te-ia de novo até ao carro.

Conduzir-te-ia durante uma hora pelo meio de estradas cheias de curvas, estreita e acompanhada lado a lado pela linha do eléctrico.
Começarias a sentir um ar mais fresco, um cheiro a maresia no ar.
Imobilizaria o meu velho SU na berma da estrada e pedia que olhasses o oceano prostrado a teus pés. Depois convidar-te-ia a jantares comigo num restaurante calmo e perdido nessa berma, com vista para o companheiro Atlântico.

E quando finalmente tivesse-mos de pedir a dolorosa, iria então conduzir-te durante mais uns minutos, até que chegássemos e enterrássemos os pés na areia fria da noite!

Apontando-te para a escarpa, far-te-ia ver uma pequena escadaria de pedra, com um corrimão feito de corda grossa e pegando na tua mão desafiar-te-ia a subir comigo. Prometendo-te uma das mais belas paisagens deste pais desterrado e à beira-mar esquecido.

No fim da subida nada diria... e a partir daqui mais nada escreverei...

5 comentários:

notamusical disse...

(...)
«Realizar»: fazer passar
Para a realidade,
Pôr em prática sonhos,
Ideias, teorias.
(...)
Alexandre O'Neil
Daríamos tudo para que tudo fosse mais fácil de realizar se não houvesse um obstáculo............

Anónimo disse...

Meu querido amigo, era eu que gostaria de estar contigo....se me levasses nessa tua viagem real.Mas terias de me vendar, pois só assim conseguirias que sentisse a paisagem como tu a transmites e perceberia o teu silêncio no final da subida...pois se olhasse nos teus olhos pouco ficaria por dizer.
Um beijo doce .M

Anónimo disse...

tão pitchu!
A sério! mas não te estou estou a ver a acordares ao sábado para estares já às 9h30 em Sintra, eheh!
Ainda não fiz a viagem completa, mas tenho o privilégio de já ter feito contigo bocadinhos dela :)!
Claro que sem incluir toda a doçaria descrita, que nem o meu pâncreas nem a minha balança aguentam tanto!
Mas já tenho saudades de passear contigo :)...
Entretanto, e como percebi do que PB disse, não acho que divagar assim seja sinónimo de estar down ou de querer estar down, pelo contrário! É sinal de que se gosta de viajar, física ou mentalmente, coisas que tu amas de paixão!
bijous pa ti!

BlueTraveler disse...

Bem, já dei tempo a toda a gente para deixarem cá comentários e outras coisas afins...
E realmente é engraçado ler as diversas opiniões das pessoas...
Començando a responder pelo ultimo comentário digo:
Com que então não acreditam que eu consiga acordar para estar num sábado as 09h30 em Sintra... Pois, primeiro nunca disse que acordaria para estar a essa hora em Sintra... Posso ir depois de uma noitada ou algo assim... Segundo, acordar para ir passear ou fazer algo que adoro, nomeadamente estar com quem quero ou onde quero, é a coisa mais fácil para mim... Com a exitação normal da antecipação até dormiria pouco... pois quereria que o tempo voasse...
PB... Pois é... eu sou um romantico... adoro estar apaixonado mesmo sem ser correspondido, mas não sou pessoa de estar down. Muito pelo contrário... Rapidamente descubro milhares de motivos para estar alegre e bem disposto (o que não é facíl). Sei que foste basear-te num comentário que deixei noutro blog, e associando aqui ao que escrevi te leve a pensar isso. Mas é como "alguém" escreveu atrás: " É sinal de que se gosta de viajar, física ou mentalmente, coisas que tu amas de paixão!"

Abreijos

Sandra Neves disse...

Embora só agora veja este blog... por mero acaso, não resisti a comentar este post...
Com essa descrição dá para fechar os olhos e rever na mente alguns desses sitios que também conheço relativamente bem.
De facto, determinadas experiências... só quando vividas...