Ok... Criei este sitio para poder colocar as minhas diarreias cerebrais a vontade e de modo a chatear toda a gente que as quizer ler...
quarta-feira, maio 24, 2006
Passado de mim...
Posso dizer que passei lá uns dos melhores anos da minha vida.
O mundo era a nossa concha, e bastava queres, sonhar, esticar o braço e realizavamos mil e uma actividade. Desde o clássico rappel, slide, caminhadas de 30 ou 40km, Acampamentos, acantonamentos, jantaradas na sede, ERC's, Quo-Vadi's, etc, etc, etc. Não haveria folha de papel, mesmo virtual, que desse para lá colocar tudo. E espero que compreendam, há coisas que ficarão, apenas e para sempre, dentro de mim. Gravadas no fundo da minha memória, que só sairão para mim e talvês para com quem passou esses momentos comigo!
Alturas em que se junta o pessoal e se contam as famosas "histórias de guerra".
Mas deixo aqui uma música que me acompanhou muitas vezes, em várias actividades, e que cantavamos sempre, sempre, sempre com as lágrima a escorrer... Ainda hoje, e com a devida distância que tudo arrefece, a música me deixa assim, com uma lágrima no canto do olho
PEDACINHO DE DEUS
Se sentes dentro de ti
A vontade de amar,
Em gestos que criem fontes,
A audácia de sonhar.
Mais longínquos horizontes
E o apelo a escalar
Cada vez mais altos montes
Cada vez mais altos montes
Então…
Refrão :
Tens em ti, um pedacinho de Deus
Tens rumos certos no coração
Desperta o sonho, tens em ti os céus
Liberta a vida da palma da mão
Faz desses rumos, os caminhos teus
De B.P, recebeste, esta missão!
Se sentes dentro de ti
Sempre a sede de gritar,
O nome da liberdade,
A coragem de falar.
A palavra da verdade.
E a servir, participar,
Na construção da cidade,
Na construção da cidade,
Então…
Refrão
Se sentes dentro de ti
O silêncio inspirar,
A paz ao teu coração
Chamando-te a enfrentar
A vida com decisão.
E teimas acreditar,
Na esperança de um mundo bom,
Na esperança de um mundo bom,
Então…
Refrão
quinta-feira, maio 18, 2006
Para a Minha querida Mãezinha
Surgiu do nada esta vontade louca e pura. Não é dia da mãe, não é dia de anos dela, não é dia de nada especial! Um dia como todos os outros, dia de trabalho, dia de arrumar a casa.
Mas quando estava a ouvir esta música parei tudo o que estava a fazer
Dirigi-me a janela de minha casa. Abri a persiana e fiquei a olhar para a lua.
Só via a face meiga e doce da minha mãe.
Senti saudades, apeteceu-me aninhar no seu colo! Sentir-me menininho outra vez e ficar ali, a receber os mimos dela novamente!
Lembrava-me das tropelias que eu fiz (e ainda faço), das vezes que a fiz chorar, das vezes que a fiz ficar orgulhosa (essas menos das que as que fiz chorar), das vezes que a fiz rir, que a fiz enervar e zangar, das vezes que a fiz arrepiar toda porque a abraçava e enchia de beijos.
Mas por mais mimocas que seja, acho que nunca haverá tempo possível para dizer o quanto ela é especial e importante para mim.
Poderia gastar todos os segundos da vida toda para isso e não chegariam!
MÃE... És a maior do mundo... e felizmente és a minha ;)
Beijo enorme e doce
Do teu filho reguila e tresmalhado
Letra e música: António Variações
É a mãe mais bonita,
Desculpem, mas é a maior,
Não admira, foi por mim escolhida,
E o meu gosto, é o melhor,
E esta é a canção mais feliz,
Feliz eu que a posso cantar,
É o meu maior grito de vida
Foi o seu grito, o meu despertar,
Canção de mãe é sorrir,
Canção berço de embalar,
Melodia de dormir,
Mãe ternura a aconchegar,
Canção de mãe é sorrir,
Gosto de ver e ouvir,
Voz imagem de sonhar,
Imagem viva lembrança,
Que faz de mim a criança,
Que gosta de recordar
A minha mãe,
É a mãe mais amiga,
Certeza, com que posso contar,
E nem por isso, sou a imagem que queria,
Mas nem sempre me soube aceitar,
Razão de mãe é dizer,
Mãe cuidado a aconselhar,
Os cuidados que hei-de ter,
As defesas a cuidar,
Saudade mãe é escrever,
Carta que vou receber,
Noticia de me alegrar,
Cartas visitas encontros,
Essa troca que nós somos,
Este prazer de trocar,
Canção de mãe é sorrir,
Gosto de ver e ouvir,
A ternura de cantar.
terça-feira, maio 16, 2006
Canção
Honestamente apeteceu-me mandar-te logo para o caralho!
Mas não consegui! Fiquei literalmente sem reacção.
Admito! Tiveste uma moral que eu não consigo compreender.
Felizmente para mim, ter fama sem ter proveito, é o pão nosso de cada dia! Alias, admito até que gosto disso! Deixar que as pessoas façam as suas anâlises freudianas aprendidas algures no tempo. E pior que isso, é conseguir ter um prazer mórbido, e deitar mais achas na fogueira.
Por isso vou apenas deixar aqui uma música fantástica e intemporal. Uma Homenagem singela a um homem que esteve muito a frente do seu tempo. Corrigindo, ainda esta muito a frente dos tempos!
"Vou perguntar ao mais vidente se o meu futuro será sorridente" ("Linha - Vida" do LP "Anjo Da Guarda" - excerto)
António Joaquim Rodrigues Ribeiro nasce em Fiscal, pequena aldeia do concelho de Amares, Braga a 3 de Dezembro de 1944. O quinto dos dez filhos de Deolinda de Jesus e Jaime Ribeiro, António faz os seus estudos na escola local, ajudando no resto do tempo os pais no campo. Mas a paixão pela música demonstrada desde tenra idade fá-lo-á esquecer muitas vezes os trabalhos da lavoura em favor das romarias e folclore locais.
Aos 11 anos, terminada a instrução primária, experimenta o primeiro ofício em Caldelas. " Ia fazer quinquilharias, mas passado pouco tempo desistiu ", contará a mãe já em 1988, à Imprensa. Mal completa 12 anos abandona a terra natal rumo a Lisboa. Vem para ser marçano, mas acabará por trabalhar num escritório. A tropa fá-la em Angola, mas sem antes pedir à mãe que lhe acenda uma vela a Santo António para protecção. Regressa são e salvo. Mas logo volta a partir, desta feita para Londres, onde permanece um ano a lavar pratos num colégio.
Em 1976 regressa, de novo por pouco tempo. O próximo destino será Amesterdão, onde fica mais um ano e aprende o ofício de cabeleireiro.
Já em Lisboa, dedica-se de dia ao ofício, e à noite à sua paixão pela música, dando espectáculos com um grupo de músicos intitulado " Variações ". E começa então a ser notado pelo seu visual excêntrico e personalizado, com base nas cores e formas originais e em alguns elementos de adorno, como por exemplo os brincos.
Em 1978 apresenta uma maqueta com algumas músicas à editora Valentim de Carvalho e nesse ano assina contrato. Mas terá de esperar quatro anos para poder gravar, porque entretanto Mário Martins e Nuno Rodrigues insistem para que grave, respectivamente folclore ou pop.
Os contactos com profissionais do mundo da música, seus clientes na barbearia, abrir-lhe-ão, entretanto as portas da notoriedade.
Em Fevereiro de 1981 surge pela primeira vez na televisão, no "Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro, que o convidará para algumas emissões da "Febre de Sábado da Manhã" na Rádio Comercial.
Em Julho de 1982, já sob o nome António Variações, edita o seu primeiro single, um duplo lado A com "Povo Que Lavas No Rio" - imortalizado por Amália Rodrigues - e "Estou Além", um inédito de sua autoria. Um ano depois sairá o primeiro LP- "Anjo Da Guarda"- que o transformará numa estrela popular à escala nacional.
Depois de inúmeros concertos na época estival, sobretudo em festas e romarias de aldeias e outras pequenas localidades, volta a entrar em estúdio. Entre 6 e 25 de Fevereiro de 1984 grava o segundo e último LP; "Dar E Receber".
Em Abril aparece pela última vez em público no programa televisivo "A Festa Continua" de Júlio Isidro. Será a única interpretação no pequeno ecrã das faixas do novo disco. Quando "Dar E Receber " é editado, semanas mais tarde, já António Variações se encontra internado no Hospital Pulido Valente devido a um problema brônquico-asmático. É já no hospital que ouvirá pela primeira vez na rádio as músicas de promoção do disco.
Debilitado pela doença que se agrava vertiginosamente, é transferido a pedido da família para a Clínica da Cruz Vermelha, onde virá a falecer a 13 de Junho.
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"Tu estás livre e eu estou livre
e há uma noite para passar
porque não vamos unidos
porque não vamos ficar
na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou
que tu tens o meu olhar
tens a minha mão aberta
à espera de se fechar
nessa tua mão deserta
[refrão:]
Vem que o amor
não é o tempo
nem é o tempo
que o faz
vem que o amor
é o momento
eu que eu me dou
em que te dás
Tu que buscas companhia
e eu que busco quem quiser
ser o fim desta energia
ser um corpo de prazer
ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
do melhor que já não vem
e a esperança fio encontrada
antes de ti por alguém
e eu sou melhor que nada"
quinta-feira, maio 11, 2006
Chocado
Segundo o Jonal de Notícias do passado dia 11 de Maio de 2006, foi aprovado em Conselho de Ministros, um novo diploma que dita as novas regras para a época balnear que se aproxima.
"Para os banhistas a principal ilicitude é o desrespeito pela sinalética na praia, nomeadamente as bandeiras, ou as indicações do nadador salvador", segundo o secretário de Estado da Defesa, Lobo Antunes.
Quem entrar no mar com bandeira vermelha (que proíbe a entrada na água) e quem nadar com bandeira amarela (que permite a entrada na água mas proíbe nadar) vai pagar pelo menos 55 euros de multa."
Ora bem... Então se eu quizer correr o risco e nadar com a bandeira vermelha ou com a bandeira amarela irei ser penalizado? Isto claro depreendendo que me safe no mar!
Bem, mas já estou a ver os surfistas e bobybordaers a serem chamados para receberem a dita multa: - "O se faz favor! Venha lá aqui ao pé de mim! O senhor vai ser multado por estar a nadar com bandeira amarela! Mostre lá os documentos! B.I. e licença de veiculo (prancha)!"
Lá vão eles agora ter de comprar fatos de surf com bolsinho para guardar os documentos.
E os banhistas... A pois é... B.I. sempre. Não vá aparecer o menino do bloquinho de multas e ainda nos multa por não possuírmos o B.I na altura.
E os nudistas? Aonde é que eles irão guardar o B.I??? Ou o dinheiro para pagar a multa??? Ou até mesmo o cartão multibanco???
Agora a questão que eu ponho é: - Serão os próprios Nadadores-Salvadores a passar a multa, ou terão de ir chamar um "agente da autoridade" para passar a multa?
Se for o segundo caso, já estou mesmo a imaginar: Chega o salvador ao local do "crime" e diz: "Sr. Guarda, portanto, são estes meninos que vão do início da praia até ao final! O melhor mesmo é coloca-los em fila indiana para virem pagar!"
E se ele não tem juizo, ainda é multado também, por ter abandonado o seu posto de trabalho para ir chamar o Sr. Guarda.
Que mais multas irão inventar a seguir??? Excesso de velocidade quando vamos a caminhar???
quarta-feira, maio 10, 2006
Quisiera ir...
¡verte lejos ¡y dirigirme a ti!
Para ampliar la mano en señal de invitación
Para abrazar tu cuerpo con mi brazo.
Mirarte a los ojos, sonreír, y comenzar a bailar al sonido de la música
Para sentir tu cuerpo junto el mío.
Su calor para abrazar el mío,
Tu respiración suave en mi cuello
Tu pelo a agitar al ritmo de la música.
Sentirme girar y rodar, levitar del suelo,
Danzaríamos en la cima de la copa de los árboles,
Nos deslizaríamos, usando la brisa del sol, como pista
Estaríamos por encima de todo...yo, tu y la música que saldría desde dentro de nosotros
Pero como en todo, apenas se cual es la música que sale de mi!
De ti, nada se. Donde estás, como estás, que música queres!
Pero la vida es así... Es por eso que voy danzando por ahí!
Meneando mi cuerpo al son de la vida, do pracer, de amistad!
Elevarme a lo máximo! yo, libre y disponible pra crecer.
Aprender una cosa mas. sentir la energía del universo.
entrar en equilibrio con lo que me rodea.
Cosmos, aqui voy yo!!!
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terça-feira, maio 02, 2006
Vejam Bem...
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar"
Tinha de vir partilhar hoje esta música... Uma das músicas da minha adolescência...
Hoje revisitei o meu passado nas músicas portuguesas... Desde o velho rock, ao pop, até ao Zeca... E claro... fiquei logo a ouvir esta música...
Um poema delicioso... e acima de tudo, uma letra de força e esperança...
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