quarta-feira, outubro 26, 2005

História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar

História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar

SEPULVEDA, LUÍS


Ora aqui está um livro de que realmente vale a pena falar.
“com a graça de uma fábula e a força de uma parábola”



Pois é... o escritor chileno, nascido no ano do senhor de 1949, escreveu em tempos um conto memorável, digno para todas as idades.

A estória começa no meio de uma balbúrdia de gaivotas, que no meio da sua rota de migração, fazem consecutivos mergulhos para se ir alimentar.

Aqui, este antigo habitante de Hamburgo, confronta-nos com um problema moderno... A maré negra.

As gaivotas são apanhadas desprevenidas por uma grande massa de petróleo, que algum barco, por todos os motivos e mais algum, deixa vazar para o oceano.

Claro que não vou estar para aqui a escrever um resumo do livro... Querem saber algo mais, leiam!

São apenas 128 páginas de puro deleite e prazer.
Como já tinha transcrito em cima, "com a graça de uma fábula e a força de uma parábola" este perspicaz narrador, envolve-nos num mundo fantástico. Onde as características humanas da honra, do compromisso, da amizade. Também o medo, o grupo, a força, o estratagema, os acordos, os tabus, são entregues a cada uma das personagens.

O gato grande, gordo e preto conhecido por Zorbas, com os seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello serão algumas das personagens que Sepúlveda criou para nos oferecer este livro cheio de esperança e calor.

Deixei-me envolver neste lugar. Permiti-me apaixonar pelos seus actores e cenários. Autorizei-me a percorrer cada trilho criado em cada frase...

E sempre que posso; volto lá! Aquele mundo foi visitado por mim, e marcou. Deixou um sentimento de saudade bem cravado no meu coração. E de quando a quando, tenho de lá ir! Tenho de voltar a viajar aquele porto marítimo e bater à porta de cada um destes meus amigos. Até dos ratos claro.

1 comentário:

marta disse...

estava tudo muito certo, não fosse a gripe das aves, i.e. as gaivotas não vêm nada a calhar, se é que me faço entender :P